terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

HISTÓRIA do VINHO do PORTO


Produto único no mundo e de qualidade assumidamente superior como bebida de classe, o Vinho do Porto nasceu nas encostas do rio Douro por volta do século III, ou IV da era Cristã. Vestígios arqueológicos de lagares e recipientes para vinho têm sido achados por toda a região duriense evidenciando os registos documentais que se conheciam há muito tempo; no entanto, o nome pelo qual ficou conhecida a mais famosa bebida portuguesa só adquiriu essa designação há cerca de 300 anos, quando se começou a dar mais atenção à viticultura e à exportação do vinho, levando-o ao expoente máximo da classificação ao ser criada a região demarcada mais antiga do mundo, em 1756, por Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal.
Rivalidades, guerras, picardias e invasões decorrentes no século XVII entre os povos da europa do norte acabaram por promover os vinhos portugueses em detrimento dos mais conhecidos vinhos franceses, que sempre estiveram ao alcance da Inglaterra e Holanda em função da sua privilegiada localização geográfica. Os ingleses passam, então, a importar quantidades apreciáveis de Vinho do Porto e, com o Tratado de Methuen (1703), é forçado um escoamento bipartido em que Portugal passaria a comprar parte da produção inglesa de tecidos, em contrapartida para as exportações de vinho.
Procura acentuada, preços altos, disputas entre produtores e importadores, problemas causados por desconfiança e interesses nem sempre escorreitos acabam por conduzir a uma mais profunda intervenção do Marquês de Pombal que promoveu a criação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, em 10 de Setembro de 1756. Com isto tentou-se garantir a qualidade do produto em si, equilibrando, ao mesmo tempo, a produção e o comércio do mesmo. Demarcam-se as serras usando-se 335 marcos de pedra que irão conferir a designação de Vinho Fino ao vinho de melhor qualidade aí produzido e que poderá ser exportado para a Inglaterra.
Depois vieram as doenças nos vinhedos produzidas pelo oídio (um fungo) e pela filoxera (um parasita importado nas vides americanas) a partir de meados do século XIX, com a consequente destruição de grande parte das vinhas e ampliação da linha de demarcação para o Douro Superior onde o problema se fazia sentir em menor escala. Novas técnicas de plantio, seleção de castas e enxertos, uso de adubos e evolução no processo de vinificação surgem a partir desta altura firmando-se como práticas correntes para as décadas seguintes; todavia, os problemas só estavam a começar, pois o inimigo maior surgia na forma de uma crise comercial aliada às primeiras fraudes e imitações do Vinho do Porto. Data deste tempo, início do século XX, uma nova demarcação da área produtiva e restabelecimento do rio Douro e do porto de Leixões como eixo de exportação do produto, bem como a reserva de denominação "PORTO" para os vinhos com graduação alcoólica mínima de 16,5º, deixando a protecção e fiscalização da marca a cargo da Comissão de Viticultura da Região do Douro.
Regras novas, proibindo a destilação dos vinhos durienses, obrigando outras regiões a cederem a sua aguardente para o processo de beneficiação, aliadas a um alargamento excessivo da área de demarcação originaram polémica, acabando por obrigar nova demarcação, desta feita por freguesias, o que reduziu a área produtiva conduzindo-a, a bem dizer, ao estado actual (Dec. Lei 10 Dezembro 1921).
A despeito da organização e da crescente capacidade produtiva e exportadora (mais de 100 000 pipas entre 1924 e 25) o povo da região duriense continuava a viver de maneira miserável o que provocou descontentamento e levou a agitação social durante boa parte do início do século XX. Como consequência dessas acções e do novo regime militar de 1926, novos ditames seriam impostos à região, forçando a criação de um entreposto em Vila Nova de Gaia, onde todas as empresas ligadas ao comércio do Vinho do Porto deveriam ter a sua representação para finalização do processo produtivo e armazenamento.
Em 1932 criam-se diversas organizações para representação dos viticultores (Grémios Concelhios), que acabariam por se associar na Federação Sindical dos Viticultores da Região do Douro – Casa do Douro, instituição encarregada, desde então, de zelar e disciplinar a produção do Vinho do Porto, assumindo oito anos mais tarde uma acção mais abrangente e controlodora de todo o processo.
Um ano mais tarde surge o Grémio dos Exportadores de Vinho do Porto e algum tempo depois o Instituto do Vinho do Porto que se propõe a estudar e promover a qualidade, bem como disciplinar o comércio do mesmo. Sistematiza-se e classifica-se a produção de mostos, atribuindo-se a cada produtor uma quota e um preço a ser pago de acordo com a qualidade produzida (de A a F). A isto chamou-se Sistema de Benefício.
Em meados do século surge um movimento cooperativo que não se espalha sobremaneira, atingindo aproximadamente 10% dos produtores regionais. Em 1974 dá-se nova alteração ao nível organizativo, extinguindo-se alguns organismos corporativos, mas mantendo a Casa do Douro e o IvdP em funções e substiruindo o Grémio dos Exportadores pela Associação dos Exportadores de Vinho do Porto, actualmente Associação das Empresas de Vinho do Porto.
Os anos passam, o mercado muda, tendências acentuam-se e a exigência ao nível concorrencial acaba por apontar o caminho na direção da concentração de marcas em grupos de empresas. Grandes investimentos são feitos ao nível de novos vinhedos e espaços de plantio, Quintas. Como consequência surge em 1986 a Associação de Produtores Engarrafadores de Vinho do Porto, com o fito da exportação directa, das quintas para o estrangeiro.
Em 1995, nova alteração na Região Demarcada do Douro, novo organismo: CIRDD, Comissão Interprofissional da Região Demarcada do Douro. Nesta, todos têm representação, tanto os profissionais da lavoura, como os do comércio e apontam um objectivo comum em que a disciplina e o controle da produção e comercialização dos vinhos da região norteiam o seu funcionamento; contudo, duas vertentes internas orientam os princípios da instituição, uma voltada para a designação "Porto" e outra para os restantes vinhos de qualidade da região (VQPRD). Mais recentemente um modelo alterado substituiu a CIRDD, integrando-a no IvdP, em 2003.

Região Demarcada do Douro


O Douro Vinhateiro, ou Região Demarcada do Douro é uma região demarcada em Portugal para a produção vinícola instituída em Setembro de 1756 por alvará de D. José I.
Parte da região foi classificada como Património Mundial da UNESCO em Dezembro de 2001, sob o nome de Região Vinhateira do Alto Douro.
O conceito jurídico de região demarcada deve-se ao Marquês de Pombal, com a criação da primeira delimitação no Mundo de uma região vitivinícola, no século XVIII, em Portugal — a Região Demarcada do Alto Douro. As regiões demarcadas são, portanto, zonas de lavoura estanques, abrangidas por legislação especial para defesa e promoção da produção vinícola inconfundível de cada uma delas.

Apesar do reconhecimento nacional e internacional dos últimos anos quanto à excelência da paisagem da região demarcada mais antiga do Mundo (RDD), o Douro continua a ser uma das regiões menos desenvolvidas do país.

Segundo dados compilados pelo investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Luís Ramos, "nos últimos 40 anos, os 21 municípios que constituem a RDD perderam entre 30 e 50% da sua população. Os últimos censos apontam uma população que ronda os 256 mil habitantes, numa superfície de 4481 quilómetros quadrados. Cerca de um terço da população activa continua a trabalhar na agricultura e o índice do poder de compra mantém- -se nos mais baixos, atingindo apenas 65% da média nacional. A Região Demarcada do Douro foi instituída em 1756 pelo Marquês de Pombal e estende-se por 250 mil hectares. Apenas 43 mil estão ocupados com vinhedos. No ano passado, o volume de negócios de vinhos da região foi de 360 milhões de euros e o número de turistas atingiu 115 700, só no que diz respeito à navegação fluvial.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Carta a um Amigo...

Covas do Douro,10 de Janeiro de 2008

Olá, meu caro amigo Arorixterixtex


Olha que eu, Litoratix, não te posso ir visitar porque tenho que salvar o meu planeta que está muito poluído pelos carros, fabricas, foguetões da pesquisa espacial, etc..
Por isso quero pedir-te que venhas ao meu planeta para assustar uns quantos homens para pararem de poluir o nosso planeta, entre aspas, que para eles não deve ser o seu.

Henrique Machado, um abraço.

P.S.- Responde para este endereço: Grupo Local,Via Lactea, Sistema Solar, Planeta Terra, Europa, Portugal, concelho Sabrosa, freguesia de Covas do Douro, localidade Covas do Douro.